quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Planos de internet móvel vão substituir ligações de voz em breve, afirma especialista

Eventos esportivos podem potencializar mercado de internet móvel no País
Tiago Alcantara, do R7
transmissão telefonia móvelGetty Images
Mercado de telefonia pode ter alterações nos serviços de voz e mensagens

As ligações, como nós as conhecemos, estão com os dias contados. Pelo menos, essa é a expectativa do especialista em telecomunicações Jorge Monteiro. O executivo, que já trabalhou nas operadoras Claro e TIM, explica que as operadoras vão ter que adaptar seus preços para uma nova forma de consumo dos internautas móveis brasileiros.
— A operadora precisa entender o ajuste dos valores. Lá fora a qualidade de serviço de dados era alta, portanto a operadora já lidava com um usuário que usa mais [internet móvel]. Em pouco tempo vamos ter planos de tarifa mais voltados para dados do que para voz ou mensagens. Isso vai mudar a forma como as operadoras tarifam o serviço.
Legado da Copa
De acordo com Monteiro, a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 podem deixar um legado positivo para a banda larga móvel nacional – sem os eventos, as operadoras teriam esperado mais tempo para implantar a banda larga de altíssima velocidade.
— O 4G é uma alternativa para solucionar os problemas de internet móvel. É uma maneira de dar cobertura de internet em alta velocidade. É mais rápido que fazer buraco na rua e passar cabo de fibra ótica. Os eventos estão forçando a criação de uma infraestrutura no País para suportar isso. Mesmo assim, a cobertura durante a Copa será muito hotspot [em algumas área específicas], não é uma coisa continua.
Em outros países operadoras realizaram a troca do 3G para o 4G não teve cobrança de um valor adicional. Entretanto, os planos de internet móvel da nova geração chegaram junto com um custo maior. Para Monteiro, que também é CEO da loja virtual Superfones, esse é um dos sinais de acomodação do mercado.
Infraestrutura e planejamento
Alguns dos problemas que o País atualmente enfrenta acontecem por falta de planejamento na infraestrutura de internet, segundo Monteiro. Para efeito de comparação simples,o CEO da Superfones, explica que o sinal do celular que chega até você é transmitido por uma torre, que atua como um roteador WiFi. Entretanto, se o sinal que vem da central (comparável com um modem de cabo) não tem a velocidade suficiente, não adianta a potência da transmissão feita pela torre.
— O primeiro desafio é conseguir investir em cobertura, sem cobertura você não consegue dar um serviço de qualidade. Para isso é necessário ter infraestrutura nacional de transmissão de banda larga. E não adianta instalar uma torre de alta transmissão se você não tem capacidade de enviar.
Monteiro ainda afirma que a próxima tendência para as chamadas de voz é que elas sejam feitas em cima de um canal de dados. Ou seja, as ligações irão consumir a mesma “faixa” que a navegação de internet, por exemplo.
Fonte e matéria completa em: R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário