Eventos esportivos podem potencializar mercado de internet móvel no País
Tiago Alcantara, do R7
Getty Images
As ligações, como nós as conhecemos, estão com os dias contados. Pelo menos, essa é a expectativa do especialista em telecomunicações Jorge Monteiro. O executivo, que já trabalhou nas operadoras Claro e TIM, explica que as operadoras vão ter que adaptar seus preços para uma nova forma de consumo dos internautas móveis brasileiros.
— A operadora precisa entender o ajuste dos valores. Lá fora a qualidade de serviço de dados era alta, portanto a operadora já lidava com um usuário que usa mais [internet móvel]. Em pouco tempo vamos ter planos de tarifa mais voltados para dados do que para voz ou mensagens. Isso vai mudar a forma como as operadoras tarifam o serviço.
Legado da Copa
De acordo com Monteiro, a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 podem deixar um legado positivo para a banda larga móvel nacional – sem os eventos, as operadoras teriam esperado mais tempo para implantar a banda larga de altíssima velocidade.
— O 4G é uma alternativa para solucionar os problemas de internet móvel. É uma maneira de dar cobertura de internet em alta velocidade. É mais rápido que fazer buraco na rua e passar cabo de fibra ótica. Os eventos estão forçando a criação de uma infraestrutura no País para suportar isso. Mesmo assim, a cobertura durante a Copa será muito hotspot [em algumas área específicas], não é uma coisa continua.
Em outros países operadoras realizaram a troca do 3G para o 4G não teve cobrança de um valor adicional. Entretanto, os planos de internet móvel da nova geração chegaram junto com um custo maior. Para Monteiro, que também é CEO da loja virtual Superfones, esse é um dos sinais de acomodação do mercado.
Infraestrutura e planejamento
Alguns dos problemas que o País atualmente enfrenta acontecem por falta de planejamento na infraestrutura de internet, segundo Monteiro. Para efeito de comparação simples,o CEO da Superfones, explica que o sinal do celular que chega até você é transmitido por uma torre, que atua como um roteador WiFi. Entretanto, se o sinal que vem da central (comparável com um modem de cabo) não tem a velocidade suficiente, não adianta a potência da transmissão feita pela torre.
— O primeiro desafio é conseguir investir em cobertura, sem cobertura você não consegue dar um serviço de qualidade. Para isso é necessário ter infraestrutura nacional de transmissão de banda larga. E não adianta instalar uma torre de alta transmissão se você não tem capacidade de enviar.
Monteiro ainda afirma que a próxima tendência para as chamadas de voz é que elas sejam feitas em cima de um canal de dados. Ou seja, as ligações irão consumir a mesma “faixa” que a navegação de internet, por exemplo.
Fonte e matéria completa em: R7
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