:: Luís Osvaldo Grossmann :: 12/03/2013
O uso da computação em nuvem avança devagar no governo, mas pode ganhar um impulso a partir do segundo semestre, quando se promete a divulgação de normas internas para essa tecnologia dentro da administração pública.
“Nossa visão não é criar marco regulatório para fora do governo, mas as regras para expansão desse serviço fora do governo: interoperabilidade dos serviços, requisitos mínimos de segurança e privacidade. É importante que o governo avance nesse setor pois pode ser um exemplo alavancador”, afirma o secretário de Políticas de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Virgílio Almeida.
Segundo ele, o trabalho conjunto da Sepin e da Secretaria de Logística e TI do Ministério do Planejamento, além de órgãos como Serpro e Dataprev resultará em regras para o governo. “No segundo semestre deveremos divulgar essas normas básicas para dentro do governo”, afirmou Almeida, que nesta terça-feira, 12/3, participou de evento promovido pela Brasscom sobre economia digital, computação em nuvem, privacidade e proteção de dados.
“Do ponto de vista tecnológico, a solução para uma nuvem do governo já existe; devem ser privada, em estruturas que são do governo, porque são os dados de todos os cidadãos”, afirma a diretora do centro de P&D da EMC Brasil, Karin Breitman. Ela ressalta, porém, um ponto várias vezes repetido durante os debates: a necessidade de regras de proteção dos dados. “Nossos dados não podem ficar à mercê de legislações de outros países, como Patriot Act, é preciso ter soberania dos dados”, insistiu.
Mas, como se viu, não se trata de uma preocupação restrita ao setor privado. O diretor do Datasus, Augusto Gadelha, lembra que há indefinições em um setor sensível como as informações de 200 milhões de pacientes. “Um marco regulatório bate com a questão da privacidade dos dados, especialmente em saúde. São informações confidenciais que temos de preservar a segurança, mas qual a garantia de segurança na nuvem?”
Fonte e materia completa: ConvergenciaDigital
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